sábado, 18 de março de 2017

O (ESTREITO) CAMINHO PARA A LIBERDADE - A ESCURIDÃO QUE ANTECEDE A ALVORADA - UM ADMIRÁVEL MUNDO NOVO EM QUATRO PASSOS

1-O (ESTREITO) CAMINHO PARA A LIBERDADE

Isto pode te surpreender, mas você já conhece um bocado sobre a Cabalá. Volte algumas páginas e façamos uma revisão. Você sabe que a Cabalá se originou acerca de 5.000 anos atrás na Mesopotâmia (onde hoje é o Iraque). Ela foi descoberta enquanto as pessoas procuravam pelo propósito de suas vidas.
Aquelas pessoas descobriram que a razão pela qual todos nós nascemos é receber o prazer máximo de nos tornarmos como o Criador. Quando eles descobriram isso, eles formaram grupos de estudo e começaram a difundir os ensinamentos.
Aqueles primeiros Cabalistas nos contaram que somos todos feitos de um desejo de receber prazer, o qual dividiram em cinco níveis – inanimado, vegetativo, animal, falante, e espiritual. O desejo de receber é bastante importante porque é o mecanismo por trás de tudo que fazemos neste mundo. Em outras palavras, nós estamos sempre tentando receber prazer, e quanto mais temos, mais queremos. Como resultado, sempre
evoluímos e mudamos.
Depois, aprendemos que a Criação foi formada em um processo de quatro fases, no qual a Raiz (sinônima da Luz e do Criador) criou o desejo de receber; o desejo de receber quis doar, então decidiu receber como uma maneira de doar, e finalmente quis receber mais uma vez. Mas desta vez ele quis receber o conhecimento de como ser o Criador, o Doador.
Após as quatro fases, o desejo de receber foi dividido em cinco mundos e uma alma, chamada de Adam ha Rishon. Adam ha Rishon quebrou-se e materializou-se em nosso mundo. Em outras palavras, todos nós somos na verdade uma alma, nós somos conectados e dependentes uns dos outros assim como células em um corpo. Mas quando o desejo de receber cresceu, nos tornamos mais centrados em nós mesmos e paramos de
sentir que éramos um. Ao invés disso, hoje sentimos apenas a nós mesmos, e mesmo se nos relacionamos com os outros isso é feito para recebermos prazer através deles.
Esse estado egoísta é chamado de “a alma quebrada de Adam ha Rishon”, e como partes desta alma, é nossa a tarefa de corrigi-la. Na verdade, nós não temos de corrigi-la, mas temos de estar cônscios de que não podemos sentir o real prazer em nosso estado presente por causa da lei do desejo de receber:
“Quando eu obtenho o que quero, eu já não mais o quero.” Quando compreendermos isso, começaremos a procurar por uma maneira de sairmos da armadilha desta lei, da armadilha do egoísmo.
A procura pela libertação do ego conduz ao surgimento do “ponto no coração,” o desejo pela espiritualidade. O “ponto no coração” é como qualquer outro desejo; ele é aumentado e diminuído através da influência do ambiente. Assim, se quisermos aumentar nosso desejo pela espiritualidade, precisamos desenvolver um ambiente que promova a espiritualidade. Este último (mas, o mais importante) capítulo em nosso livro explicará o que é preciso ser feito para termos um ambiente que favorece a espiritualidade nos níveis pessoal, social, e internacional.

2-A ESCURIDÃO QUE ANTECEDE A ALVORADA

O período mais escuro da noite é logo antes da alvorada. Similarmente, os escritores do Livro do Zohar disseram, acerca de 2.000 anos atrás, que o período mais escuro da humanidade viria logo antes de seu despertar espiritual. Por séculos, começando com o Ari, autor de Árvore da Vida, que viveu no século XVI, os Cabalistas têm escrito que o período ao qual o Zohar estava se referindo é o fim do século XX. Eles o chamaram de “a última geração.”
Eles não pretendiam dizer com isso que iríamos perecer em algum evento apocalíptico espetacular. Na Cabalá, uma geração representa um estado espiritual. A última geração é o último e mais elevado estado que pode ser alcançado. E os Cabalistas disseram que o período em que estamos vivendo – o início do século XXI – seria quando veríamos a geração da ascensão espiritual.
Mas estes Cabalistas também disseram que para esta mudança ocorrer, não podemos continuar a nos desenvolver da maneira que temos evoluído até agora. Eles disseram que hoje, uma escolha livre e consciente é necessária se quisermos crescer.
Assim como é com qualquer começo ou nascimento, o surgimento da última geração, a geração da escolha livre, não é um processo fácil. Até recentemente, evoluíamos em nossos desejos inferiores – do inanimado ao falante – deixando de lado o nível espiritual. Mas agora os Reshimot espirituais (ou genes espirituais, se preferir) estão emergindo em milhões de pessoas, e exigem ser realizados na vida real.
Quando estes Reshimot aparecem pela primeira vez em nós, ainda não possuímos o método apropriado para lidarmos com eles. Eles são como uma tecnologia completamente nova com a qual ainda precisamos aprender a lidar. Assim, enquanto
aprendemos, tentamos realizar os novos tipos de Reshimot com nossas maneiras antigas de pensar, porque aquelas maneiras nos ajudaram a realizar nossos Reshimot de níveis inferiores.
Mas aquelas maneiras são inadequadas para administrarmos os novos tipos de Reshimot, e portanto falham em sua tarefa, fazendo-nos viver vazios e frustrados.
Quando estes Reshimot emergem em um indivíduo, vem a frustração, daí a depressão, até que ele ou ela aprenda como se relacionar com estes novos desejos. Isto normalmente acontece ao aplicar-se à sabedoria da Cabalá, que foi desenvolvida originalmente para lidar com os Reshimot espirituais, como descrevemos no Capítulo Um.
Se, contudo, uma pessoa não puder encontrar a solução, o indivíduo poderá mergulhar na necessidade exagerada pelo trabalho, em vícios de todos os tipos, e em outros esforços para suprimir o problema dos novos desejos, tentando evitar enfrentar a dor incurável.
No nível pessoal, tal estado é bastante desolador mas não apresenta um problema sério o suficiente para desequilibrar a estrutura social. No entanto, quando os Reshimot espirituais aparecem em milhões e milhões de pessoas mais ou menos ao mesmo tempo, e particularmente se isso acontece em vários países simultaneamente, você tem uma crise global em suas mãos. E uma crise global clama por uma solução global.
Claramente, a humanidade hoje está em uma crise global. A depressão tem se elevado a índices sem precedentes nos Estados Unidos, mas as coisas não andam melhores em outros países desenvolvidos. Em 2001, a Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou que “a depressão é a principal causa de invalidez nos EUA e no mundo inteiro.”
Outro imenso problema na sociedade moderna é a alarmante abundância do mau uso de drogas. Não que as drogas não estiveram sempre em uso, mas no passado elas eram usadas principalmente na medicina e em rituais, enquanto hoje elas estão sendo utilizadas em faixas etárias cada vez menores, principalmente para aliviar o vazio emocional que muitos jovens sentem. E porque a depressão tem aumentado, assim também aumentou o uso de drogas e os crimes relacionados ao uso de drogas.
Outra faceta da crise está na unidade da família. A família costumava ser uma instituição usada como símbolo da estabilidade, do conforto, e da proteção, mas não é mais. De acordo com o National Center for Health Statistics, em cada dois casais que se unem matrimonialmente, um se divorcia, e a situação é similar por todo o mundo Ocidental.
Além disso, não é mais preciso uma situação na qual os casais passam por uma imensa crise ou por um conflito de personalidades para decidirem se divorciar. Hoje, até mesmo, casais em seus 50, 60 anos, não podem encontrar motivos para permanecerem juntos assim que seus filhos saem de casa. Por suas rendas estarem garantidas, eles não têm medo de começar um novo capítulo em suas vidas, em idades que há apenas poucos anos atrás eram consideradas inaceitáveis para tais decisões. Nós até arrumamos um nome inteligente para isso: a “síndrome do ninho vazio.” Mas a verdade é que as pessoas se divorciam porque já que seus filhos saíram de casa, não há nada mais para manter os pais juntos, pois simplesmente não há amor entre eles.
E este é o verdadeiro vazio: a falta de amor. Se nos lembrarmos que fomos todos criados egoístas por uma força que quer doar, teremos uma chance de lutar. Ao menos assim saberemos onde começar a procurar por uma solução.
Mas a crise é exclusiva não apenas em sua universalidade, mas em sua versatilidade, que a faz muito mais abrangente e difícil de controlar. A crise está ocorrendo em praticamente todos os campos do envolvimento humano – pessoal, social, internacional, na ciência, medicina, e no clima. Por exemplo, até uns poucos anos atrás, “o clima” era um conveniente refúgio onde ninguém tinha nada a contribuir com relação a outros
tópicos. Hoje, no entanto, é exigido de todos nós que sejamos entendidos sobre o clima. Os temas “da moda” atualmente são as mudanças climáticas, o aquecimento global, as subidas de maré, e o início da nova temporada de furacões.
“The Big Thaw” (“O Grande Degelo”) é o nome dado ironicamente por Geoffrey Lean do The Independent ao estado do planeta em um artigo on-line publicado em 20 de Novembro de 2005. Eis aqui o título do artigo de Lean: “The Big Thaw: Global Disaster Will Follow If the Ice Cap on Greenland Melts” (algo como: “O Grande Degelo: Um Desastre Global Ocorrerá Se a Calota Glacial da Groenlândia Derreter”). E o subtítulo,
“Now scientists say it is vanishing far faster than even they expected” (Algo como: “Agora os cientistas dizem que ela está desaparecendo de maneira muito mais rápida do que até eles esperavam”).
E o clima não é o único desastre a espreita no horizonte. A edição de 22 de Junho de 2006 da revista Nature, publicou um estudo da Universidade da Califórnia declarando que a Falha de San Andréas está à espera do “big one.” De acordo com Yuri Fialko do Scripps Institution of Oceanography da Universidade da Califórnia, “a falha é uma significante ameaça sísmica e está em condições para um outro grande terremoto.”
E claro, se sobrevivermos às tempestades, aos terremotos, e às subidas de maré, haverá sempre um Bin Laden por aí para nos lembrar que nossas vidas podem se tornar muito mais breves do que planejávamos.
E por último mas não com menos importância, existem os problemas da saúde que requerem nossa atenção: AIDS, gripe aviária, vaca louca, e é claro, as antigas constantes: câncer, doenças cardiovasculares, e diabetes. Existem muitas mais que
podemos citar aqui, mas você agora já deve ter entendido onde eu queria chegar. Mesmo que alguns desses problemas de saúde não sejam novos, eles são mencionados aqui porque estão rapidamente se espalhando por todo o globo.
Conclusão: Um antigo provérbio Chinês diz que quando você desejar amaldiçoar alguém, diga, “Que você viva em épocas interessantes.” Nossa época é de fato bastante
interessante; mas isto não é uma maldição. É como o Livro do Zohar prometeu – a escuridão que antecede a alvorada. Agora, vejamos se há uma solução.


2.1-UM ADMIRÁVEL MUNDO NOVO EM QUATRO PASSOS

São necessários apenas quatro passos para mudar o mundo:
1. Reconhecer a crise;
2. Descobrir porque ela existe;
3. Determinar a melhor solução;
4. Desenvolver um plano para resolver a crise.
Vamos examina-los um de cada vez.
1. Reconhecendo a crise.
Existem diversas razões pela quais muitos de nós permanecemos não notando que existe uma crise. Os governos e as corporações internacionais deveriam ser os primeiros a
cuidarem do problema, mas, interesses conflitantes os previnem de cooperar para lidarem com a crise eficientemente.
Além do que, muitos de nós ainda não sentimos que o problema está nos ameaçando de maneira pessoal, e assim então suprimimos a necessidade urgente de lidarmos com ele,
antes do ocorrente tornar-se muito desagradável.
O maior problema é que não nos lembramos de um estado tão precário no passado. Por causa disso, somos incapazes de avaliar nossa situação corretamente. Isto não é dizer que catástrofes nunca aconteceram antes, mas nossa época é exclusiva no sentido de que hoje está acontecendo em todos os aspectos, instantaneamente – em todo aspecto da vida humana, e por todo o planeta.
2. Descobrindo porque ela existe.
Uma crise ocorre quando existe uma colisão entre dois elementos, e o elemento superior força seu domínio sobre o inferior. A natureza humana, o egoísmo, está descobrindo quão oposta ela é à Natureza, ao altruísmo. É por isso que tantas pessoas sentem-se angustiadas, deprimidas, inseguras e frustradas.
Em síntese, a crise não está realmente ocorrendo no exterior. Mesmo que certamente pareça ocupar um espaço físico, ela está acontecendo dentro de nós. A crise é a luta
titânica entre o bem (o altruísmo) e o mal (o egoísmo). Quão triste é termos de atuar como os vilões no verdadeiro reality show. Mas não perca as esperanças – como acontece em todos os shows, um final feliz nos espera.
3. Determinando a melhor solução.
Quanto mais reconhecermos a causa essencial da crise, ou seja, nosso egoísmo, mais entenderemos o que precisa ser mudado em nós e em nossas sociedades. Ao fazermos assim, poderemos diminuir a intensidade da crise e trazer a sociedade e a ecologia a um resultado positivo e construtivo. Falaremos mais sobre essas mudanças quando explorarmos a idéia da liberdade de escolha.
4. Desenvolvendo um plano para resolver a crise.
Uma vez que tivermos concluído os primeiros três estágios do plano, poderemos esboça-lo em maiores detalhes.
Mas, mesmo o melhor plano não pode obter sucesso sem o suporte ativo de importantes organizações, reconhecidas internacionalmente. Portanto, o plano precisa ter uma ampla
base de apoio internacional, de cientistas, pensadores, políticos, das Nações Unidas, como também da mídia e de organizações sociais.
Na verdade, porque crescemos de um nível de desejo para o próximo, tudo o que está acontecendo agora está acontecendo pela primeira vez no nível espiritual do desejo.
Mas se nos lembrarmos que estamos nesse nível, podemos usar o conhecimento daqueles que já se conectaram com a espiritualidade da mesma maneira que usamos nosso atual conhecimento científico.
Os Cabalistas, que já se dirigiram para os mundos espirituais, a raiz de nosso mundo, vêem os Reshimot (a raiz espiritual) causando esse estado, e podem nos guiar para fora
dos problemas que estamos enfrentando, a partir da origem de tais problemas no mundo espiritual. Desta maneira resolveremos a crise facilmente e rapidamente pois saberemos
porque as coisas acontecem e o que precisa ser feito com relação a elas. Pense nisso desta maneira: Se você soubesse que existem pessoas que podem predizer os resultados da loteria de amanhã, não iria você querer que elas ficassem ao seu lado enquanto fosse fazer suas apostas?
Não existe mágica aqui, apenas conhecimento das regras do jogo no mundo espiritual. Através dos olhos de um Cabalista, não estamos em crise, estamos apenas um pouco
desorientados, e por isso continuamos apostando nos números errados. Quando encontrarmos nossa direção, resolver a crise (não-existente) será moleza. E assim estaremos ganhando na loteria. E a beleza do conhecimento Cabalístico está no fato dele
não ter direitos autorais; ele pertence a todos.

http://projetoalquimia.wordpress.com/2012/03/13/kabalah/

Um comentário:

  1. Obrigada por compartilhar. Eu estudo Kabbalah e gostaria muito de connhece- los. Por favor, entre em contato comigo.

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