domingo, 4 de outubro de 2015

NOSSO UNIVERSO - A PIRÂMIDE

CAPITULO IV

1-NOSSO UNIVERSO

No início do capítulo anterior, foi escrito que antes de qualquer coisa ter sido criada, havia o Pensamento da Criação. Este Pensamento criou as Fases de Um a Quatro do desejo de receber, que criou os mundos de Adam Kadmon até Assiya, que então criou a alma de Adam ha Rishon, que se quebrou na miríade de almas que temos hoje.

É bastante importante lembrar esta ordem da criação porque ela nos lembra de que as coisas evoluem de cima para baixo, do espiritual para o material, e não da maneira contrária.

Em termos práticos, isto significa que nosso mundo é criado e governado pelos mundos espirituais. Além do mais, não há sequer um único evento em nosso mundo que não ocorra lá primeiramente. E a única diferença entre o nosso mundo e os mundos espirituais é que os eventos nos mundos espirituais refletem intenções altruístas, e os eventos em nosso mundo refletem intenções egoístas.

Por causa da estrutura em cascata dos mundos, nosso mundo é chamado de “mundo das consequências” dos processos e ocorrências espirituais. Qualquer coisa que façamos aqui não tem nenhum impacto nos mundos espirituais.

Portanto, se queremos mudar qualquer coisa em nosso mundo, temos de primeiramente ascendermos aos mundos espirituais, a “sala de controle” do nosso mundo, e afetarmos nosso mundo de lá.

2-A PIRÂMIDE

Assim como acontece nos mundos espirituais, tudo em nosso mundo evolui através dos mesmos cinco estágios de Zero a Quatro. Nosso mundo é construído como uma pirâmide. Na base, o início da evolução deste mundo, há o nível inanimado (estático), feito de trilhões de toneladas de matéria.

Perdido no meio destes trilhões de toneladas de matéria existe um minúsculo ponto chamado de “Planeta Terra”. E sobre esta Terra surgiu o nível vegetativo. Naturalmente, a vegetação sobre a Terra é infinitamente menor em massa do que a matéria inanimada sobre a Terra, e menor ainda quando comparada com a quantidade de matéria em todo o universo.

Os animais apareceram após o vegetativo, e possuem uma massa muito pequena, mesmo comparada à do vegetativo. O falante é claro, veio por último e tem a menor de todas as massas. Recentemente, um outro nível emergiu do nível falante.

Ele é chamado de “nível espiritual” ou “espiritualidade.” (Por estarmos falando de eras geológicas aqui, quando dizemos recentemente, queremos dizer que aconteceu apenas a alguns milhares de anos atrás.) Nós não podemos compreender o tamanho completo da Criação, mas se olharmos para a pirâmide da Criação (na Figura 5) e pensarmos nas proporções entre dois níveis vizinhos começaremos a entender exatamente como o desejo por espiritualidade é realmente recente e especial. Na verdade, se pensarmos no tempo que o universo tem existido – aproximadamente 15 bilhões de anos – como um único dia de 24 horas, o desejo por espiritualidade surgiu há 0,0288 segundos atrás. Em termos geológicos, isso é agora.


Assim, por um lado, quanto maior o desejo, mais raro (e mais jovem) ele é. Por outro lado, a existência de um nível espiritual, acima do nível humano, indica que nos não completamos nossa evolução. A evolução é dinâmica como Inanimado, Vegetativo, Animal, Espiritual.

A pirâmide da realidade é também a pirâmide dos desejos. Ela é válida tanto nos mundos espirituais como no mundo material. Sempre foi, mas porque somos o último nível que surgiu, nós naturalmente pensamos que estamos no nível mais alto. Podemos estar no nível mais alto, mas não estamos no nível final. Estamos apenas no último dos níveis que já surgiram.

O nível final usará nossos corpos como hospedeiros, mas consistirá de maneiras inteiramente novas de pensar, sentir e ser. Já está evoluindo dentro de nós, e é chamado de “nível espiritual”.

Nenhuma mudança física ou nova espécie é necessária, apenas uma mudança interna em nossa percepção do mundo. É por isso que a próxima fase é tão difícil de compreender; ela está dentro de nós, gravada em nossos Reshimot como dados em um disco rígido. Estes dados serão lidos e executados independentemente de estarmos cônscios deles ou não, mas podemos ler e executar os dados de forma muito mais rápida e prazerosa se os lermos com o “software” correto – a sabedoria da Cabalá.

http://projetoalquimia.wordpress.com/2012/03/13/kabalah/