sábado, 4 de maio de 2013

ESCONDENDO, PROCURANDO, MAS NÃO ENCONTRANDO


ESCONDENDO, PROCURANDO, MAS NÃO ENCONTRANDO
O nível de egoísmo da humanidade manteve-se crescendo, com cada nível nos dirigindo para cada vez mais longe da Natureza (do Criador). Na Cabalá, a distância não é medida em centímetros ou metros; é medida em qualidades. A qualidade do Criador é a perfeição, a coerência, e a doação, mas é apenas possível senti-Lo quando compartilhamos das mesmas qualidades Dele. Se eu sou centrado em mim mesmo, não há como eu poder me conectar a algo tão perfeito e altruísta como o Criador. Seria como se eu tentasse ver outra pessoa enquanto estamos um de costas para o outro.
Por estarmos costas a costas com o Criador e porque nós ainda queremos controla-Lo, logicamente, quanto mais tentamos, mais frustrados nos tornamos. Certamente, nós não podemos controlar algo que não podemos ver ou mesmo sentir. Este desejo não poderá jamais ser preenchido a não ser que façamos uma curva de 180 graus, olhemos na direção oposta, e O encontremos.
Muitas pessoas já estão ficando cansadas das falsas promessas da tecnologia: de riqueza,  saúde, e o mais importante, de um amanhã seguro. Pouquíssimas pessoas atingiram tudo isso atualmente, e mesmo elas, não podem estar certas de que continuarão a possuir essas coisas amanhã. Mas o benefício deste estado é que ele nos força a examinarmos nossa direção e perguntarmos, “Não seria possível que estivemos trilhando o caminho errado todo esse tempo?”
Particularmente hoje, conforme apercebemos a crise e o impasse que estamos encarando, nós podemos abertamente admitir que o caminho que nós tínhamos escolhido é uma rua sem saída. Ao invés de compensarmos nossa autocentrada oposição à Natureza escolhendo a tecnologia, nós deveríamos ter mudado o nosso egoísmo para o altruísmo, e conseqüentemente para uma união com a Natureza. Na Cabalá o termo utilizado para esta mudança é Tikkun (correção). Compreender nossa oposição ao Criador significa que precisamos nos conscientizar sobre a divisão que ocorreu entre nós (seres humanos) a cinco mil anos atrás. Isto é chamado de “o reconhecimento do mal.” Não é fácil, mas é o primeiro passo para a saúde e felicidade verdadeiras.

A CRISE GLOBAL TEVE UM FINAL FELIZ
Durante os últimos 5.000 anos, cada uma das duas facções que se separaram da Mesopotâmia expandiu-se em uma civilização de muitos povos diferentes. Dos dois grupos originais, um tornou-se o que nós chamamos de “civilização Ocidental,” e o outro se tornou o que conhecemos por “civilização Oriental.” A agravante colisão entre as duas civilizações reflete a culminação do processo que se iniciou na primeira divisão.

Cinco mil anos atrás, uma única nação foi dividida porque o egoísmo cresceu e separou seus membros. Agora é o momento para esta “nação” – a humanidade – se reunir e tornar-se uma
única nação novamente. Nós permanecemos no ponto de ruptura que ocorreu a todos esses anos atrás, mas hoje estamos muito mais conscientes dele. De acordo com a sabedoria da Cabalá, esta colisão de culturas e o ressurgimento das crenças místicas que eram abundantes na antiga Mesopotâmia marcam o início da reunião da humanidade em uma nova civilização. Hoje, estamos começando a compreender que somos todos conectados e que precisamos reconstruir o estado que existiu antes da fragmentação. Ao reconstruirmos uma humanidade unida, nós iremos também reconstruir nossa conexão com a Natureza, com o Criador.



O EGOÍSMO É UM BECO SEM SAÍDA
Durante o período no qual o misticismo prosperou, a sabedoria da Cabalá foi descoberta e proveu conhecimento sobre o crescimento passo a passo de nosso egoísmo e sobre o que causa esse crescimento. Os Cabalistas ensinaram que tudo que existe é feito de um desejo por auto-satisfação.
Contudo, estes desejos não podem ser preenchidos em sua forma natural, enquanto são centrados em si mesmos. Isto é assim porque quando satisfazemos um desejo, nós o cancelamos, e se cancelamos um desejo por algo, não podemos mais desfruta-lo.
Por exemplo, pense na sua comida favorita. Agora, imagine a si mesmo em um restaurante elegante, confortavelmente sentado à mesa enquanto um garçom sorridente traz a você uma bandeja coberta, coloca-a diante de você, e remove a tampa. Hummm... que delicioso cheiro conhecido! Já está se deliciando? Seu corpo já; é por isso que ele libera sucos digestivos ao mero pensar nesta iguaria.
Mas no momento em que você começa a comer, o prazer diminui. Quanto mais cheio você fica, menos prazer você obtém do comer. Finalmente, quando você tiver se preenchido, você não poderá mais desfrutar a comida, e você pára de comer. Você não pára porque está cheio, mas porque não é divertido comer com um estômago cheio. Este é o beco sem saída do egoísmo – se você tem o que você quer, você não mais o quer.
Assim, por não podermos viver sem prazer, nós precisamos prosseguir procurando por prazeres novos e maiores. Nós fazemos isso ao desenvolvermos novos desejos, que irão também permanecer sem preenchimento. É um círculo vicioso. Claramente, quanto mais queremos, mais vazios nos sentimos. E quanto mais vazios nos sentimos, mais frustrados nos tornamos.
E porque estamos agora no mais intenso nível de desejo em nossa história, não podemos evitar a conclusão que hoje estamos mais insatisfeitos que nunca, por mais que claramente tenhamos mais que nossos pais e nossos antepassados tiveram. O contraste entre o que temos, por um lado, e nossa crescente insatisfação, por outro, é a essência da crise que estamos experimentando hoje. Quanto mais egoístas nos tornamos, mais vazios nos sentimos, e pior é a crise.

http://projetoalquimia.wordpress.com/2012/03/13/kabalah/