domingo, 8 de dezembro de 2013

O MAIOR DE TODOS OS DESEJOS

O MAIOR DE TODOS OS DESEJOS

Agora que fomos introduzidos às origens da Cabalá, é hora de vermos como a Cabalá se relaciona conosco. Como muitos de vocês já devem saber, o estudo da Cabalá nos apresenta uma grande quantidade de termos estranhos, a maioria deles vem do Hebraico, alguns do Aramaico, e alguns de outras línguas, como por exemplo o Grego. Mas, eis a boa notícia: estudantes iniciantes, e mesmo intermediários, podem prosseguir com apenas uma pequena
quantidade destes termos. Apesar do fato deles significarem estados espirituais, se você os experimentar interiormente, você também descobrirá seus nomes corretos.
A Cabalá ensina sobre desejos e como satisfaze-los. Ela tem investigado a alma humana e seu desenvolvimento desde seu simples começo como uma semente espiritual, à sua culminação como a Árvore da Vida. Logo que você capturar a essência dela, você aprenderá o restante dentro de seu próprio coração.

UM TRAMPOLIM PARA O CRESCIMENTO

Vamos começar de onde terminamos o primeiro capítulo. Nós dissemos que as coisas poderiam ser ótimas se pudéssemos apenas aprender a usar nosso egoísmo diferentemente – nos aderindo uns aos outros para formarmos um único ser espiritual. Nós até aprendemos que há um meio para isto – o método da Cabalá, projetado para exatamente este propósito.
Mas se olharmos ao redor, nós podemos claramente ver que não estamos dirigidos a um futuro positivo. Nós estamos em uma crise – uma grande crise. Mesmo que não tenhamos sido prejudicados por ela, não temos garantia alguma de que permaneceremos assim. O que acontece é que não há lugar onde a crise não tenha deixado sua marca, seja em nossas vidas pessoais, nas sociedades nas quais vivemos, ou na Natureza. As crises por si só não são necessariamente negativas; elas simplesmente indicam que o estado presente das coisas se exauriu, e que é hora de passar para a próxima fase. A democracia, a revolução industrial, a revolução feminista, a física quântica, todos surgiram como resultados de crises em suas áreas. De fato, toda coisa que existe hoje é resultado de uma crise do passado.
A crise de hoje não é essencialmente diferente das anteriores; ela é, no entanto, muito mais intensa, afetando o mundo inteiro. Mas como qualquer crise, é uma oportunidade para a mudança, um trampolim para o crescimento. Se escolhêssemos corretamente, todas as dificuldades poderiam simplesmente desaparecer. Nós poderíamos facilmente providenciar alimento, água, e abrigo para o mundo inteiro.
Nós poderíamos estabelecer a paz mundial e fazer deste mundo um planeta dinâmico e próspero. Mas para que isto aconteça, nós precisamos querer fazer isto acontecer e escolhermos o que a Natureza quer que escolhamos – unidade, ao invés de nossa presente escolha de separação.
Por que, então, não queremos nos conectar? Por que estamos alienando um ao outro? Quanto mais progredimos e quanto mais conhecimento nós obtemos, mais separados nos tornamos. Nós aprendemos como construir naves espaciais, como construir robôs do tamanho de moléculas; nós deciframos todo o genoma humano. Por que então não aprendemos como ser feliz?
Quanto mais aprendermos sobre a Cabalá, mais acharemos que ela sempre nos conduz à origem das coisas. Antes de te dar qualquer resposta, ela te diz porque você está no estado presente. E já que agora você sabe a origem de sua situação, você raramente precisará de mais alguma orientação.

Neste espírito, vejamos o que temos aprendido até hoje, e talvez descobriremos porque nós ainda não descobrimos a chave para a felicidade.

domingo, 24 de novembro de 2013

PERCEPÇÃO APERFEIÇOADA

CAPITULO I

Existe um bônus especial pelo altruísmo. Pode parecer que a única mudança será em colocar os outros à frente de nós mesmos, mas existem na verdade benefícios muito maiores. Quando começamos a pensar nos outros, tornamo-nos integrados a eles, e eles a nós.
Pense assim: Existem aproximadamente 6,5 bilhões de pessoas no mundo atualmente. O que seria se, ao invés de ter duas mãos, duas pernas, e um cérebro para controla-las, você tivesse 13 bilhões de mãos, 13 bilhões de pernas, e 6,5 bilhões de cérebros para controla-las? Parece confuso? Na realidade não, porque todos esses cérebros funcionariam como um só cérebro, e as mãos funcionariam como um único par de mãos. Toda a humanidade iria funcionar como um corpo do qual as capacidades estão aperfeiçoadas 6,5 bilhões de vezes.
Espere! Não terminamos com os bônus! Além de nos tornarmos super-humanos, qualquer um que se torna altruísta receberá também o mais desejável presente de todos: onisciência, ou seja, conhecimento e lembrança totais. Porque o altruísmo é a natureza do Criador, adquirindo-o igualamos nossa natureza com a Dele, e começamos a pensar como Ele. Nós começamos a saber porque cada coisa acontece, quando deve acontecer, e o que fazer se quisermos que aconteça diferentemente. Na Cabalá, esse estado é chamado de “equivalência de forma,” e este é o propósito da Criação.
Esse estado de percepção aperfeiçoada, de equivalência de forma, é, em primeiro lugar, o porquê de termos sido criados. É por isso que fomos criados unidos e daí então fomos fragmentados – para que pudéssemos nos reunir. Neste processo de união, nós aprenderemos porque a Natureza faz o que faz, e nos tornaremos tão sábios quanto o Pensamento que
a criou.
Quando nos unirmos com a Natureza, nos sentiremos tão eternos e completos como a Natureza. Neste estado, mesmo quando nossos corpos morrerem, sentiremos que continuamos a existir na eterna Natureza. A vida e a morte físicas não mais nos afetarão porque nossa percepção autocentrada anterior terá sido substituída por uma perfeita, percepção altruísta. Nossas próprias vidas terão se tornado a vida de toda a Natureza.

O MOMENTO É AGORA
O Livro do Zohar, a “Bíblia” da Cabalá, foi escrito a aproximadamente 2.000 anos atrás. Ele declara que próximo ao fim do século XX, o egoísmo da humanidade elevar-se-ia a uma intensidade sem precedentes.
Como vimos anteriormente, quanto mais queremos, mais vazios nos sentimos. Assim então, desde o fim do século XX, a humanidade tem experimentado seu pior vazio de todos. No Livro do Zohar também está escrito que quando o vazio for sentido, a humanidade precisará de um meio para curá-lo e para ajudar as pessoas virem a se preencher. Então, diz O Zohar, que o momento de apresentar a Cabalá a toda a humanidade virá como um meio de obter preenchimento através da similaridade com a Natureza.
O processo de obtenção de preenchimento, o Tikkun, não acontecerá de uma só vez e simultaneamente para todos. Para um Tikkun ocorrer, a pessoa precisa querer que ele aconteça. Este é um processo que se desenvolve a partir da vontade de cada um.
A correção começa quando a pessoa compreende que a natureza egoísta dela é a origem de todo o mal. É uma experiência bastante poderosa e pessoal, mas invariavelmente faz com que a pessoa queira mudar, mudar-se do egoísmo para o altruísmo.
Como dissemos, o Criador trata a todos nós como um ser criado único e unido. Nós tentamos alcançar nossos objetivos egoisticamente, mas hoje estamos descobrindo que nossos problemas apenas serão resolvidos coletivamente e de forma altruísta. Quanto mais conscientes nos tornarmos de nosso egoísmo, mais iremos querer usar o método da Cabalá para mudar nossa natureza para o altruísmo. Nós não fizemos isso logo quando a Cabalá surgiu, mas nós podemos fazê-lo agora, porque agora sabemos que precisamos fazê-lo!
Os últimos 5.000 anos da evolução humana têm sido um processo onde há a experimentação de um método, o exame dos prazeres que ele provê, o tornar-se desiludido com ele, e o deixa-lo por outro. Métodos foram e vieram, mas não nos tornamos mais felizes. Agora que o método da Cabalá surgiu, focado em corrigir o mais alto nível de egoísmo, nós não mais precisamos trilhar o caminho da desilusão. Nós podemos simplesmente corrigir nosso pior egoísmo através da Cabalá, e todos as outras correções virão em seguida como um efeito dominó. Assim, durante esta correção, nós podemos sentir preenchimento, inspiração e prazer.

RESUMINDO
A sabedoria da Cabalá (a sabedoria da recepção) surgiu inicialmente por volta de 5.000 anos atrás, quando os humanos começaram a perguntar sobre o propósito de sua existência. Aqueles que a conheciam eram chamados “Cabalistas,” e tinham a resposta sobre o propósito da vida e sobre o papel da humanidade no universo.
Mas naqueles dias, os desejos da maioria das pessoas eram pequenos demais para se empenharem por este conhecimento. Então quando os Cabalistas viram que a humanidade não precisava do conhecimento deles, eles o esconderam e secretamente o prepararam para um período no qual todos iriam estar prontos para ele. Nesse meio tempo, a humanidade cultivou outros canais como a religião e a ciência.
Hoje, quando um número crescente de pessoas está convencido que a religião e a ciência não provêem as respostas às questões mais profundas da vida, elas estão começando a procurar em outra parte por respostas. Este é o tempo pelo qual a Cabalá esperou, e é por isso que ela está ressurgindo – para prover a resposta ao propósito da existência.
A Cabalá nos diz que a Natureza, que é sinônima ao Criador, é completa, altruísta, e unida. Ela nos diz que precisamos não apenas entender a Natureza, mas precisamos também querer implementar esta maneira de existência dentro de nós mesmos.

A Cabalá também nos diz que ao fazermos assim iremos não apenas nos igualar à Natureza, iremos entender o Pensamento que permanece por detrás dela – o Plano Mestre. Finalmente, a Cabalá afirma que ao entendermos o Plano Mestre, iremos nos tornar iguais ao Planejador Mestre, e este é o propósito da Criação – igualar-se ao Criador.

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domingo, 4 de agosto de 2013

A NECESSIDADE DO ALTRUISMO

CAPITULO III

No princípio, todas as pessoas eram internamente conectadas.
Nós sentíamos e pensávamos de nós mesmos como um único ser humano, e é exatamente assim que a Natureza nos trata.
Este ser humano “coletivo” é chamado de “Adão,” da palavra Hebraica, Domeh (semelhante), significando semelhante ao Criador, que também é único e completo. Contudo, a despeito de nossa unidade inicial, conforme nosso egoísmo cresceu nós gradualmente perdemos a sensação de unidade e tornamo-nos cada vez mais distantes uns dos outros.
Nos livros de Cabalá está escrito que o plano da Natureza é que nosso egoísmo mantenha-se crescendo até que compreendamos que nos tornamos separados e odiosos uns aos outros. A lógica por trás do plano é que precisamos primeiro nos sentir como uma única entidade, e então nos tornarmos separados em indivíduos desunidos e egoístas. Apenas assim iremos compreender que somos completamente opostos ao Criador, e absolutamente egoístas.
Além do mais, esta é a única maneira de compreendermos que o egoísmo é negativo, incapaz de nos preencher, e conclusivamente sem esperança. Como dissemos, nosso egoísmo separa-nos uns dos outros e da Natureza. Mas para mudarmos isso, precisamos primeiro compreender que este é o caso. Isto irá nos levar ao desejo pela mudança, e a A Cabalá encontrarmos independentemente um jeito de nos transformarmos em altruístas, conectados novamente com a humanidade e com a Natureza – o Criador. Aliás, nós já mencionamos que o desejo é o mecanismo da mudança.

“O Cabalista Yehuda Ashlag escreve que a entrada da Luz Superior no desejo e sua saída dele, fazem com que o vaso seja apropriado à sua função: com que ele se torne altruísta. Em outras palavras, se queremos nos sentir unidos ao Criador, precisamos primeiro estar unidos a Ele, e então experimentarmos a perda dessa unidade. Ao experimentarmos ambos estados poderemos fazer uma escolha consciente, e a consciência é necessária para uma verdadeira unidade.

Nós podemos comparar este processo a uma criança que se sente conectada a seus pais como um bebê, se rebela como um adolescente, e finalmente, conforme a criança se torna um adulto, entende e justifica sua criação.”

Na verdade, o altruísmo não é uma opção. Apenas aparentemente é como se pudéssemos escolher sermos egoístas ou altruístas. Mas se examinarmos a Natureza, nós perceberemos que o altruísmo é a mais fundamental lei da natureza. Por exemplo, cada célula em nosso corpo é inerentemente egoísta. Mas para existirem, precisam renunciar suas tendências egoístas para causarem o bem-estar do corpo.
A recompensa para cada célula é que ela experimenta não só sua própria existência, mas a vida de um corpo inteiro.
Nós, também, precisamos desenvolver uma conexão similar uns com os outros. Assim, quanto mais bem-sucedidos formos ao nos aderirmos, mais nós sentiremos a existência eterna de Adão ao invés de nossa existência física passageira.
Especialmente hoje, o altruísmo tornou-se essencial para nossa sobrevivência. Tornou-se evidente que estamos todos conectados e dependemos uns dos outros. Esta dependência
produz uma nova e bastante precisa definição de altruísmo: Qualquer ato ou intenção que venha de uma necessidade de conectar a humanidade em uma única entidade é considerado
altruísta. Reciprocamente, qualquer ato que não é focado em unir a humanidade é egoísta.
Acontece que nossa oposição à Natureza é a origem de todo o sofrimento que estamos vendo em nosso mundo. Tudo o mais na Natureza – minerais, plantas, e animais – instintivamente segue a lei altruísta da Natureza. Apenas o comportamento humano está em contraste com o restante da Natureza e com o Criador.
Além do mais, o sofrimento que vemos à nossa volta não é apenas nosso. Todas as outras partes da Natureza também sofrem por nossas ações nocivas. Se cada parte da Natureza instintivamente segue sua lei, e se apenas o homem não segue, então o homem é o único elemento corrupto na Natureza.

Falando diretamente, quando corrigirmos a nós mesmos do egoísmo para o altruísmo, tudo o mais será corrigido também – a ecologia, a miséria, a guerra, e a sociedade como um todo.

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sábado, 4 de maio de 2013

ESCONDENDO, PROCURANDO, MAS NÃO ENCONTRANDO


ESCONDENDO, PROCURANDO, MAS NÃO ENCONTRANDO
O nível de egoísmo da humanidade manteve-se crescendo, com cada nível nos dirigindo para cada vez mais longe da Natureza (do Criador). Na Cabalá, a distância não é medida em centímetros ou metros; é medida em qualidades. A qualidade do Criador é a perfeição, a coerência, e a doação, mas é apenas possível senti-Lo quando compartilhamos das mesmas qualidades Dele. Se eu sou centrado em mim mesmo, não há como eu poder me conectar a algo tão perfeito e altruísta como o Criador. Seria como se eu tentasse ver outra pessoa enquanto estamos um de costas para o outro.
Por estarmos costas a costas com o Criador e porque nós ainda queremos controla-Lo, logicamente, quanto mais tentamos, mais frustrados nos tornamos. Certamente, nós não podemos controlar algo que não podemos ver ou mesmo sentir. Este desejo não poderá jamais ser preenchido a não ser que façamos uma curva de 180 graus, olhemos na direção oposta, e O encontremos.
Muitas pessoas já estão ficando cansadas das falsas promessas da tecnologia: de riqueza,  saúde, e o mais importante, de um amanhã seguro. Pouquíssimas pessoas atingiram tudo isso atualmente, e mesmo elas, não podem estar certas de que continuarão a possuir essas coisas amanhã. Mas o benefício deste estado é que ele nos força a examinarmos nossa direção e perguntarmos, “Não seria possível que estivemos trilhando o caminho errado todo esse tempo?”
Particularmente hoje, conforme apercebemos a crise e o impasse que estamos encarando, nós podemos abertamente admitir que o caminho que nós tínhamos escolhido é uma rua sem saída. Ao invés de compensarmos nossa autocentrada oposição à Natureza escolhendo a tecnologia, nós deveríamos ter mudado o nosso egoísmo para o altruísmo, e conseqüentemente para uma união com a Natureza. Na Cabalá o termo utilizado para esta mudança é Tikkun (correção). Compreender nossa oposição ao Criador significa que precisamos nos conscientizar sobre a divisão que ocorreu entre nós (seres humanos) a cinco mil anos atrás. Isto é chamado de “o reconhecimento do mal.” Não é fácil, mas é o primeiro passo para a saúde e felicidade verdadeiras.

A CRISE GLOBAL TEVE UM FINAL FELIZ
Durante os últimos 5.000 anos, cada uma das duas facções que se separaram da Mesopotâmia expandiu-se em uma civilização de muitos povos diferentes. Dos dois grupos originais, um tornou-se o que nós chamamos de “civilização Ocidental,” e o outro se tornou o que conhecemos por “civilização Oriental.” A agravante colisão entre as duas civilizações reflete a culminação do processo que se iniciou na primeira divisão.

Cinco mil anos atrás, uma única nação foi dividida porque o egoísmo cresceu e separou seus membros. Agora é o momento para esta “nação” – a humanidade – se reunir e tornar-se uma
única nação novamente. Nós permanecemos no ponto de ruptura que ocorreu a todos esses anos atrás, mas hoje estamos muito mais conscientes dele. De acordo com a sabedoria da Cabalá, esta colisão de culturas e o ressurgimento das crenças místicas que eram abundantes na antiga Mesopotâmia marcam o início da reunião da humanidade em uma nova civilização. Hoje, estamos começando a compreender que somos todos conectados e que precisamos reconstruir o estado que existiu antes da fragmentação. Ao reconstruirmos uma humanidade unida, nós iremos também reconstruir nossa conexão com a Natureza, com o Criador.



O EGOÍSMO É UM BECO SEM SAÍDA
Durante o período no qual o misticismo prosperou, a sabedoria da Cabalá foi descoberta e proveu conhecimento sobre o crescimento passo a passo de nosso egoísmo e sobre o que causa esse crescimento. Os Cabalistas ensinaram que tudo que existe é feito de um desejo por auto-satisfação.
Contudo, estes desejos não podem ser preenchidos em sua forma natural, enquanto são centrados em si mesmos. Isto é assim porque quando satisfazemos um desejo, nós o cancelamos, e se cancelamos um desejo por algo, não podemos mais desfruta-lo.
Por exemplo, pense na sua comida favorita. Agora, imagine a si mesmo em um restaurante elegante, confortavelmente sentado à mesa enquanto um garçom sorridente traz a você uma bandeja coberta, coloca-a diante de você, e remove a tampa. Hummm... que delicioso cheiro conhecido! Já está se deliciando? Seu corpo já; é por isso que ele libera sucos digestivos ao mero pensar nesta iguaria.
Mas no momento em que você começa a comer, o prazer diminui. Quanto mais cheio você fica, menos prazer você obtém do comer. Finalmente, quando você tiver se preenchido, você não poderá mais desfrutar a comida, e você pára de comer. Você não pára porque está cheio, mas porque não é divertido comer com um estômago cheio. Este é o beco sem saída do egoísmo – se você tem o que você quer, você não mais o quer.
Assim, por não podermos viver sem prazer, nós precisamos prosseguir procurando por prazeres novos e maiores. Nós fazemos isso ao desenvolvermos novos desejos, que irão também permanecer sem preenchimento. É um círculo vicioso. Claramente, quanto mais queremos, mais vazios nos sentimos. E quanto mais vazios nos sentimos, mais frustrados nos tornamos.
E porque estamos agora no mais intenso nível de desejo em nossa história, não podemos evitar a conclusão que hoje estamos mais insatisfeitos que nunca, por mais que claramente tenhamos mais que nossos pais e nossos antepassados tiveram. O contraste entre o que temos, por um lado, e nossa crescente insatisfação, por outro, é a essência da crise que estamos experimentando hoje. Quanto mais egoístas nos tornamos, mais vazios nos sentimos, e pior é a crise.

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sábado, 9 de março de 2013

SENTANDO NO BANCO DO MOTORISTA


Este mecanismo da mudança – o desejo – é feito de cinco níveis, de zero a quatro. Os Cabalistas se referem a esse mecanismo como “o desejo de receber prazer,” ou simplesmente, “o desejo de receber.” Quando a Cabalá surgiu no princípio, a aproximadamente 5.000 anos atrás, o desejo de receber estava no nível zero. Hoje, assim como você dever ter imaginado, nós estamos no nível quatro – o nível mais intenso.
Mas nos primórdios quando o desejo de receber estava no nível zero, os desejos não eram poderosos o bastante para nos separar da Natureza e uns dos outros. Naqueles dias, esta unidade com a Natureza, que hoje, muitos de nós pagam um bom dinheiro para aprende-la novamente em aulas de meditação (e vamos encarar, nem sempre com sucesso) era o jeito natural de viver. As pessoas não conheciam nenhum outro jeito. Elas sequer sabiam que poderiam separar-se da Natureza, e nem queriam que isso acontecesse.
De fato, naqueles dias, a comunicação da humanidade com a Natureza e de um com o outro fluía tão livremente, que palavras sequer eram necessárias; ao invés disso, as pessoas comunicavam-se por pensamento, de maneira bastante similar à telepatia. Foi um tempo de unidade, e toda a humanidade era como uma única nação.
Mas enquanto isso, ainda na Mesopotâmia, uma mudança ocorreu: os desejos das pessoas começaram a crescer e elas se tornaram mais egoístas. As pessoas começaram a querer mudar
a Natureza e usa-la para si próprias. Ao invés de quererem se adaptar à Natureza, elas começaram a querer mudar a Natureza para que ela se adaptasse às suas necessidades. Elas se
desligaram da Natureza, se separaram e alienaram-se dela e de si próprias. Hoje, muitos e muitos séculos depois, estamos descobrindo que essa não foi uma boa idéia. Ela simplesmente
não funciona.
Naturalmente, conforme as pessoas começam a se colocar em oposição ao seu meio-ambiente e suas sociedades, elas não mais se relacionam com os outros como família, e com a Natureza como lar. O ódio substitui o amor, e as pessoas se afastam e tornam-se desligadas umas das outras. Conseqüentemente, a nação única do mundo antigo foi dividida. Ela primeiro dividiu-se em dois grupos que se dispersaram para o oriente e para o ocidente. Os dois grupos continuaram a se dividir e a se fragmentar, eventualmente formando a multidão de nações que temos hoje.
Um dos mais óbvios sintomas da divisão, que a Bíblia descreve como “A Queda da Torre de Babel,” foi a criação de diferentes línguas. Estas línguas diferentes desconectaram as pessoas umas das outras e criaram confusão e um mau funcionamento da sociedade. A palavra Hebraica para confusão é Bilbul, e para destacar a confusão, o centro de governo da Mesopotâmia recebeu o nome, Babel (Babilônia).
Desde aquela divisão – quando nossos desejos cresceram do nível zero para o nível um – estamos confrontando a Natureza. Ao invés de corrigirmos o egoísmo sempre crescente para permanecermos em unidade com a Natureza, ou seja, com o Criador, nós construímos um escudo mecânico, tecnológico, para nos proteger dela. A razão inicial pela qual desenvolvemos a ciência e a tecnologia foi para assegurar nossa existência protegida contra os elementos da Natureza. Conclui-se, contudo, que estejamos conscientes disso ou não, nós estamos na verdade

“Na época em que toda essa Bilbul (confusão) estava acontecendo, Abraão estava vivendo na Babilônia, ajudando o seu pai a construir pequenos ídolos e a vende-los na loja da família. Não é difícil perceber que Abraão estava bem no meio de todo esse vibrante burburinho de idéias que floresceram na Babilônia, a Nova Iorque do mundo antigo. Esta confusão também explica a pergunta insistente de Abraão, da qual a resposta o conduziu a descobrir a lei da Natureza: “Quem é que manda aqui?” Quando ele compreendeu que havia um propósito para a confusão e alienação, ele rapidamente falou disso para quem quer que quisesse ouvir.”

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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

A CABALÁ ENTRA EM CENA - O MECANISMO DA MUDANÇA


A CABALÁ ENTRA EM CENA
A Cabalá faz a sua “estréia” a cerca de 5.000 anos atrás na Mesopotâmia, numa antiga região que se localiza atualmente A Cabalá fez a sua “estréia” a cerca de 5.000 anos atrás na Mesopotâmia, numa antiga região que se localiza atualmente no Iraque. A Mesopotâmia não foi apenas à terra natal da Cabalá, mas do misticismo e de todos os ensinamentos antigos.
Naqueles dias, as pessoas acreditavam em diversos ensinamentos diferentes, na sua maioria seguindo mais de um ensinamento por vez. A astrologia, a previsão do futuro, a numerologia, a mágica, a feitiçaria, os encantos, o mau-olhado tudo isso e muito mais foi desenvolvido e floresceu na Mesopotâmia, o centro cultural do mundo antigo.
Enquanto as pessoas estavam felizes com suas crenças, elas não sentiam necessidade de mudança. As pessoas queriam saber que suas vidas estariam seguras, e o que elas precisavam realizar para fazer delas algo aprazível. Elas não estavam perguntando sobre a origem da vida, ou o mais importante, quem ou o que tinha criado as regras da vida.
À primeira vista, isto pode parecer uma diferença irrelevante. Mas na verdade, a diferença entre perguntar sobre a vida, e perguntar sobre as leis que delineiam a vida, é como a diferença entre aprender como dirigir um carro e aprender como fazer um. É um nível de conhecimento totalmente diferente.

O MECANISMO DA MUDANÇA
Desejos não aparecem simplesmente do nada. Eles formam-se inconscientemente dentro de nós e vêm à tona apenas quando se tornam algo definível, assim como, “Eu quero uma pizza.”
Antes disso, os desejos ou não são sentidos, ou quando muito, são sentidos como uma inquietação indefinida. Todos nós já experimentamos aquela sensação de querer algo, mas não saber exatamente o que é. Bem, é um desejo que ainda não amadureceu.
Platão certa vez disse, “A necessidade é a mãe da invenção,” e ele estava certo. De forma similar, a Cabalá nos ensina que a única maneira de aprendermos alguma coisa é por primeiramente querermos aprende-la. É uma fórmula bastante simples: quando queremos alguma coisa, fazemos o que for preciso para obtê-la. Nós fazemos o tempo, reunimos energia, e desenvolvemos as habilidades necessárias. Pode-se concluir que o mecanismo da mudança é o desejo.
A maneira pela qual nossos desejos desenvolvem-se tanto define quanto designa toda a história da humanidade. Conforme os desejos da humanidade desenvolveram-se, eles impulsionaram as pessoas a estudar seu meio-ambiente para que elas pudessem preencher seus desejos. Diferente de minerais, plantas, e animais, as pessoas constantemente se desenvolvem. A cada geração, e em cada pessoa, os desejos vão ficando cada vez mais fortes.

OUTRAS ROTAS - AS GRANDES PERGUNTAS

CAPITULO I

OUTRAS ROTAS
Mas os filósofos não eram Cabalistas. Por não estudarem Cabalá, eles não podiam entender integralmente a profundidade do conhecimento Cabalístico. Como resultado, o conhecimento que deveria ser desenvolvido e tratado de forma bastante específica foi desenvolvido e tratado incorretamente. Quando o conhecimento Cabalístico migrou para outras partes do mundo, onde não existiam Cabalista no momento, ele também tomou um rumo diferente.
Assim, a humanidade fez um desvio. Mesmo tendo a filosofia Ocidental incorporado partes do conhecimento Cabalístico, ela acabou tomando uma direção completamente diferente. A filosofia Ocidental gerou ciência que investigaram nosso mundo material, que percebemos com nossos cinco sentidos. Mas a Cabalá é uma ciência que estuda o que acontece além do que nossos sentidos percebem. A mudança na ênfase conduziu a humanidade na direção oposta do conhecimento original que os Cabalistas obtiveram. Esta mundança na direção levou a humanidade a um desvio do qual as conseqüências iremos explorar no capítulo seguinte.

AS GRANDES PERGUNTAS
A Cabalá tornou-se oculta a cerca de 2.000 anos atrás. A razão foi simples – não havia demanda por ela. Desde aquele tempo, a humanidade se ocupou com o desenvolvimento de religiões monoteístas, e depois, Ca ciência. Ambos foram criados para responder às questões mais fundamentais do home: “Qual é o nosso lugar no mundo, no universo?” “Qual é o propósito de nossa existência?” Em outras palavras, “Por que nós nascemos?”
Mas hoje, mais do que nunca, muitas pessoas sentem que o que oi lapidado por 2.000 anos não vai mais ao encontro de suas necessidades. As respostas providas pela religião e pela ciência não mais as satisfaze. Estas pessoas estão buscando em outra parte por respostas às mais básicas perguntas sobre o propósito da vida. Elas voltam-se a ensinamentos Orientas, a previsões do futuro, à mágica e ao misticismo. E algumas se voltam à Cabalá.
Por ter sido a Cabalá formulada para responder a estas questões fundamentais, as respostas que ela provê são diretamente relacionadas a elas. Ao tornarmos a descobrir antigas respostas sobre o sentido da vida, nós estamos literalmente emendando a ruptura que ocorreu quando nos afastamos da Cabalá e aproximamo-nos da filosofia.