CAPITULO III
A ORIGEM DA CRIAÇÃO
A ORIGEM DA CRIAÇÃO
Agora que constatamos que hoje
existe uma real necessidade de se estudar Cabalá, é hora de aprender algo
básico desta sabedoria. Ainda que o escopo deste livro não permita um estudo
minucioso dos Mundos Superiores, ao final deste capítulo você terá uma
suficiente base sólida para continuar, se desejar estudar a Cabalá a fundo.
Uma palavrinha sobre as figuras:
os livros de Cabalá são, e sempre foram, cheios de figuras. As figuras ajudam a
descrever os estados ou estruturas espirituais. Desde o princípio, os
Cabalistas têm usado figuras como ferramentas para explicar o que eles
experimentam no decorrer de seu caminho espiritual. Contudo, é bastante
importante lembrar que as figuras não representam objetos tangíveis. Elas são apenas
imagens usadas para explicar os estados espirituais, que têm a ver com o mais
íntimo relacionamento de alguém com o Criador, com a Natureza.
OS MUNDOS ESPIRITUAIS
A Criação é feita inteiramente de
um desejo de receber prazer.
Este desejo se desenvolveu em
quatro fases, das quais a última é chamada de “criatura”. Essa estrutura padrão
da evolução dos desejos é a base para tudo o que existe.
A Figura 1 descreve a criação da
criatura. Se tratarmos a criação como uma história, ela nos ajudará a lembrar
que as figuras descrevem estados emocionais, espirituais, e não lugares ou
objetos.
Antes de qualquer coisa ser
criada, ela tem de ser pensada, planejada. Neste caso, estamos falando sobre a Criação
e o pensamento que fez a Criação acontecer. Nós o chamamos de “o Pensamento da
Criação.”
No primeiro capítulo, nós
dissemos que no passado, o temor que as pessoas tinham pela Natureza as
impulsionou a procurar pelo plano dela para elas e para todos nós. Em suas observações,
elas descobriram que o plano da Natureza é que nós recebamos prazer. E não
apenas qualquer prazer, como aqueles que podemos sentir neste mundo. A Natureza
(sobre a qual dissemos que podemos trocar
pelo termo, “Criador”) quer que nós recebamos um tipo de prazer muito especial
– o prazer de nos tornarmos idênticos a Ela Própria, ao Criador.
Então se você observar a Figura
1, você verá que o Pensamento da Criação é na realidade um desejo de doar prazer
(chamado “Luz”) às criaturas. Isto é também a raiz da Criação, onde todos nós
começamos.
Os Cabalistas usam o termo Kli
(vaso, receptáculo) para descrever o desejo de receber prazer, de receber a
Luz. Agora podemos ver porque eles chamaram sua sabedoria de “a sabedoria da
Cabalá” (a sabedoria da recepção).
Existe também uma boa razão pela
qual eles chamaram o prazer de “Luz.” Quando o Kli – uma criatura, uma pessoa – sente o Criador,
esta é uma experiência de grande sabedoria que começa a se manifestar em uma
pessoa, como se algo clareasse em mim, e agora eu vejo a Luz. Quando isto
acontece conosco, compreendemos que não importa qual sabedoria tenha se manifestado, ela sempre esteve
lá, mesmo oculta aos nossos olhos. É como se a escuridão da noite tivesse se
transformado em luz do dia e o invisível feito visível. E porque esta Luz traz
conhecimento com ela, os Cabalistas a chamam de “Luz da Sabedoria,” e o método
para recebela é “a sabedoria da Cabalá.”
OBS.: Imagem obtida do livro "A Cabala Revelada" posteriormente
disponibilizaremos uma melhor imagem de ilustração
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