CAPITULO III
No princípio, todas as pessoas eram internamente conectadas.
No princípio, todas as pessoas eram internamente conectadas.
Nós sentíamos e pensávamos de nós
mesmos como um único ser humano, e é exatamente assim que a Natureza nos trata.
Este ser humano “coletivo” é
chamado de “Adão,” da palavra Hebraica, Domeh (semelhante), significando
semelhante ao Criador, que também é único e completo. Contudo, a despeito de
nossa unidade inicial, conforme nosso egoísmo cresceu nós gradualmente perdemos
a sensação de unidade e tornamo-nos cada vez mais distantes uns dos outros.
Nos livros de Cabalá está escrito
que o plano da Natureza é que nosso egoísmo mantenha-se crescendo até que compreendamos
que nos tornamos separados e odiosos uns aos outros. A lógica por trás do plano
é que precisamos primeiro nos sentir como uma única entidade, e então nos
tornarmos separados em indivíduos desunidos e egoístas. Apenas assim iremos
compreender que somos completamente opostos ao Criador, e absolutamente
egoístas.
Além do mais, esta é a única
maneira de compreendermos que o egoísmo é negativo, incapaz de nos preencher, e
conclusivamente sem esperança. Como dissemos, nosso egoísmo separa-nos uns dos
outros e da Natureza. Mas para mudarmos isso, precisamos primeiro compreender
que este é o caso. Isto irá nos levar ao desejo pela mudança, e a A Cabalá encontrarmos
independentemente um jeito de nos transformarmos em altruístas, conectados
novamente com a humanidade e com a Natureza – o Criador. Aliás, nós já mencionamos
que o desejo é o mecanismo da mudança.
“O Cabalista Yehuda Ashlag escreve
que a entrada da Luz Superior no desejo e sua saída dele, fazem com que o vaso
seja apropriado à sua função: com que ele se torne altruísta. Em outras
palavras, se queremos nos sentir unidos ao Criador, precisamos primeiro estar
unidos a Ele, e então experimentarmos a perda dessa unidade. Ao experimentarmos
ambos estados poderemos fazer uma escolha consciente, e a consciência é
necessária para uma verdadeira unidade.
Nós podemos comparar este
processo a uma criança que se sente conectada a seus pais como um bebê, se
rebela como um adolescente, e finalmente, conforme a criança se torna um
adulto, entende e justifica sua criação.”
Na verdade, o altruísmo não é uma
opção. Apenas aparentemente é como se pudéssemos escolher sermos egoístas ou altruístas.
Mas se examinarmos a Natureza, nós perceberemos que o altruísmo é a mais
fundamental lei da natureza. Por exemplo, cada célula em nosso corpo é inerentemente
egoísta. Mas para existirem, precisam renunciar suas tendências egoístas para
causarem o bem-estar do corpo.
A recompensa para cada célula é
que ela experimenta não só sua própria existência, mas a vida de um corpo
inteiro.
Nós, também, precisamos
desenvolver uma conexão similar uns com os outros. Assim, quanto mais bem-sucedidos
formos ao nos aderirmos, mais nós sentiremos a existência eterna de Adão ao
invés de nossa existência física passageira.
Especialmente hoje, o altruísmo
tornou-se essencial para nossa sobrevivência. Tornou-se evidente que estamos
todos conectados e dependemos uns dos outros. Esta dependência
produz uma nova e bastante
precisa definição de altruísmo: Qualquer ato ou intenção que venha de uma
necessidade de conectar a humanidade em uma única entidade é considerado
altruísta. Reciprocamente,
qualquer ato que não é focado em unir a humanidade é egoísta.
Acontece que nossa oposição à
Natureza é a origem de todo o sofrimento que estamos vendo em nosso mundo. Tudo
o mais na Natureza – minerais, plantas, e animais – instintivamente segue a lei
altruísta da Natureza. Apenas o comportamento humano está em contraste com o
restante da Natureza e com o Criador.
Além do mais, o sofrimento que
vemos à nossa volta não é apenas nosso. Todas as outras partes da Natureza
também sofrem por nossas ações nocivas. Se cada parte da Natureza instintivamente
segue sua lei, e se apenas o homem não segue, então o homem é o único elemento
corrupto na Natureza.
Falando diretamente, quando
corrigirmos a nós mesmos do egoísmo para o altruísmo, tudo o mais será
corrigido também – a ecologia, a miséria, a guerra, e a sociedade como um todo.
http://projetoalquimia.wordpress.com/2012/03/13/kabalah/
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